segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Inclusão... Estamos preparados???


Durante as leituras disponíveis para as atividades da interdisciplina EPNEE, obtive muitos conhecimentos sobre as pessoas com necessidades especiais, principalmente sobre o autismo. 
Porém, um acontecimento me fez pensar e refletir se realmente estamos preparados para receber um aluno de "inclusão" em nossas turmas.
No dia 20 de novembro recebi um aluno "diferente" em minha turma, um menino de 5 anos de idade, bem desenvolvido, bonito e carismático, sem laudo, ou melhor, sem nenhuma necessidade especial das que estudamos no decorrer deste semestre. O fato de eu relatar aqui que ele seria um aluno de "inclusão", seria pelo fato de ele ser um aluno "haitiano", seu pai fala português e entende o que falamos, porém sua mãe, não fala nosso idioma e entende pouco. O menino, eu fiquei observando ele durante os poucos dias que ele esteve na escola, e percebi que a maioria das coisas que eu falava ou que seus colegas diziam ele não entendia, assim como eu não entendia a maior parte das coisas que ele tentava falar... Neste tempo, (digo neste tempo, pois o aluno ficou na escola apenas 4 dias, ele ganhou transferência para uma escola mais próxima à sua casa), fiquei me questionando será que estamos preparadas como professoras para receber alunos "diferentes" em nossas salas de aula?
Lembrei dos vídeos disponibilizados no Módulo 5 da interdisciplina EPNEE e por alguns momentos eu me sentia parte de algum deles, pois eu não conseguia compreender o que aquele menino queria me dizer e ao mesmo tempo me questionava como desenvolver com ele as atividades que estava realizando com meus alunos? Como fazer ele compreender o que eu estava falando? Como ler uma história infantil? Será que ele entenderia o que eu estava falando/contando? Muitas dúvidas surgiram e  junto o medo e a incerteza de estar agindo certo ou não.

Faltando um mês para terminar o ano letivo, recebo em minha sala de aula, jardim 1, um aluno que não compreende muito bem o que eu falo e da mesma maneira eu não consigo compreende-lo bem, este aluno permanece na minha turma por apenas 4 dias e é transferido para outra escola. Me questionei durante o período que ele estava na minha turma, se eu como professora agiria de maneira correta com esta criança, será que eu conseguiria fazer com que ele compreendesse o que eu estava falando para ela?  Mas ao saber que ele havia sido transferido para outra escola, novos questionamentos me veem... Como este menino se sente, não entendendo bem nossa língua, em pouco tempo, precisou mudar de escola?  Não tive tempo de poder aprender e ensinar... não tive oportunidade de conversar com seu pai para saber se este menino já estava frequentando alguma outra escola... o que este menino sentiu ao passar por nossa escola? 
À meu ver, este foi um processo de inclusão, mas que infelizmente, não pode ser desenvolvido.

Penso que precisamos nos aperfeiçoar e é necessário estarmos mais preparados para poder rebeber e trabalhar com um aluno especial, seja por ter algum laudo, ou mesmo por ser um estrangeiro. 

Noite de aprendizagens e trocas de conhecimentos... Aula presencial de Desenvolvimento e Aprendizagem sob o Enfoque da Psicologia II



Chegamos na aula do dia 21 de novembro, preparadas (ou quase kkkk), para apresentar o vídeo sobre a aplicação do Método Clínico de Piaget e nos deparamos com uma outra proposta para aula. Onde a professora nos passaria informações mais precisas sobre os estádios do desenvolvimento cognitivo.
Foi uma aula muito produtiva e cheia de descobertas e aperfeiçoamentos. 
Não conseguimos apresentar os vídeos pois, a hora, a aula,  passou muito rápido que nem sentimos, ainda tínhamos muito para conversar e aprender... 
Começamos a aula com as explicações sobre a diferença de "estágio" e "estádio"... Palavras que confundem, mas que nesta aula ficou mais claro...
Entre outras grandes aprendizagens adquiridas nesta noite, entendi então que:

Estádio: designar um estado, uma condição...
Estágio: Tem dia para começar e para terminar...

Segundo Piaget, "a gente aprende fazendo hipóteses a partir do que a gente já sabe. Fazendo relações com o que já aprendeu..." (anotações feita em aula com as falas da professora Tania).

Durante a aula foi possível perceber também alguns equívocos do nosso experimento com as crianças tentando realizar o Método Clínico, onde precisamos prestar atenção nas perguntas que estamos fazendo para as crianças, pois, de acordo com que perguntamos podemos estar querendo ouvir nossas respostas. Para a realização dos experimentos com as crianças precisamos estar atentas a opinião das crianças sem dizer ou avaliar se esta certo ou errado.

A cada aula adquirimos grandes aprendizagens...