quarta-feira, 13 de abril de 2016

Brincando e aprendendo...


Estou de volta à sala de aula depois de 3 meses fora... Porém, agora realizando um estágio como auxiliar de inclusão em uma turma de jardim 1, onde as crianças estão completando 5 anos...
Fazia alguns anos que não trabalhava com crianças "maiores", minhas últimas experiências foram com crianças de 0 a 3 anos, e estes brincam se relacionam entre si, gostam de carinho e "chamego" das professoras, eles choram e gritam enquanto brincavam... E agora, vejo mais ainda que as crianças "gritam!!!". E eles gritam para tudo... Gritam enquanto "conversam", gritam enquanto correm, eles correm porque são "super-heróis", se jogam no tapete porque faz parte da brincadeira daquele momento... E demonstram sua felicidade através da brincadeira...
Achei "estranho" nos primeiros dias, pois estava acostumada com brincadeiras mais tranquilas, gritos mais "baixos" e agora é diferente... Não que as crianças pequenas não fazem estas mesmas brincadeiras, mas percebo que a cada ano que a criança "cresce", cresce também o tom da voz e a intensidade dos pulos, dos gritos, dos saltos, das brincadeiras...
E aí, no meio desta agitação e destas "novas" brincadeiras que estou me acostumando, encontro no Moodle, as aulas de Ludicidade e Educação, e lá o primeiro texto que abro para ler... "A agitação que faz bem"( por Anna Oliverio Ferraris, a autora professora de psicologia do desenvolvimento da Universidade de La Sapienza, em Roma)... Posso dizer que este texto me esclareceu algumas coisas, e percebi que as crianças são felizes assim, eles se transformam nos seus personagens favoritos. Dependendo da brincadeira os meninos colocam uma capa e "voam", as meninas transformam "aquela capa" em um vestido longo, ou então na "capa" que a princesa usa, eles usam a voz para poder expressar a sua brincadeira o seu personagem e aí vem aqueles "gritos", aqueles "saltos" que em determinados momentos ainda me assustam... 
Mas percebo que a brincadeira é algo fundamental para as crianças, não importando a idade que elas tenham... 
As crianças precisam se expressar, inventar, copiar ações do dia a dia nas suas brincadeiras para que através destas delas, possam desenvolver a imaginação, a criatividade, o raciocínio, entre outros fatores importante...
Consegui perceber um pouco mais do que já sabia, sobre a importância das brincadeiras através deste texto, e acredito que tenho muito ainda à aprender através das aulas, das leituras e das trocas de conhecimento entre as colegas e as professoras nas próximas aulas...


2 comentários:

  1. Olá, Claudia. Achei bem interessante tua reflexão em relação às diferentes formas de brincar conforme a faixa etária.
    Em que aspectos tu teve que mudar para dar conta dessa nova realidade?
    Até mais!

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  2. Mudar de faixa etária... Já havia trabalhado com crianças maiores, porém estava à 5 anos com crianças pequenas, de 0 a 2 anos e depois mais 1 ano com crianças de 2 a 3 anos, e estes menores, brincam como todas as crianças, mas o tom de voz é mais baixo ainda, eles choram mais, na disputa por brinquedos ou espaços na sala, os menores reagem de outras formas como o chor e a mordida... Já estes de 4 e 5 anos o brincar é diferente, eles correm,mais, pulam mais, e tudo que eles fazem é "gritando", mesmo que o amigo esteja ao seu lado, para eles é necessário "gritar" para que o amigo o escute.
    E o que realmente me fez observar esta diferença foi a troca de turma para trabalhar... E aos poucos estou me acostumando com isso...
    São experiências boas e de aprendizagem na minha vida...

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